Navegar por redes sociais está ficando uma coisa chata e tediosa.
A gente passa em perfis de restaurantes, empresas e Poder Público e as imagens são praticamente as mesmas. Os sanduíches, pizzas e pratos gourmet lindos, cheios de recheio, coloridos e maravilhosos. Expectativa a mil mas a realidade é bem diferente.
E pior que é tudo igual.
Em órgãos e instituições públicas a percepção é a mesma. Um exagero de uso de fotos de banco de imagens (a maioria gratuitos). Não que seja importante ou que eu nunca tenha usado em meus tempos de assessoria de imprensa. O que percebo é o excesso, como se não houvesse outra opção a não ser usar ferramentas como o freepik. Esses dias vi um perfil abordando temas locais e a foto utilizada era de um homem caminhando em uma rua qualquer de uma cidade do Japão.
O pior é que vejo agências de marketing digital abusando desse recurso, acreditando que tal artifício deixa a coisa mais “humanizada”. Penso o contrário, que fica uma postagem fria, distante, igual a centenas de milhares que vemos por aí.
Mais do mesmo.
Os mesmos sanduíches, as mesmas pizzas, as mesmas pessoas fazendo reunião ou falando em celular, as mesmas mãos se cumprimentando, as mesmas pessoas com caras de felizes e realizadas profissionalmente.
Tá chato para caramba.
Daí pesquisei sobre o assunto. Pouco se fala nesses excessos e quem fala sobre “uso profissional” de imagens recaí sobre bancos gratuitos e oferece um serviço especializado ao final da postagem (pura ferramenta RD Station, funil de vendas e essas coisas todas).
Enfim, tédio puro.
Ai, metido que sou, recorri ao ChatGPT para tirar minhas dúvidas e perguntei sobre o excesso de uso banco de imagens em redes sociais.
A ferramenta de AI foi cirúrgica:
“A produção de conteúdo próprio é uma estratégia de marketing altamente recomendada, pois oferece várias vantagens em comparação com a criação de cards baseados em bancos de imagens.
Em primeiro lugar, produzir conteúdo próprio permite que você tenha controle total sobre a mensagem que está sendo comunicada. Você pode garantir que o conteúdo seja consistente com a imagem e os valores da sua marca, e que seja adaptado às necessidades específicas do seu público-alvo.
Além disso, a produção de conteúdo próprio permite que você crie um relacionamento mais autêntico com o seu público. Os consumidores são mais propensos a se engajar com conteúdo que pareça genuíno e único, e isso pode ajudar a aumentar a fidelidade à marca e a construir relacionamentos duradouros”.
É igual a história de ver a mesma pizza ser vendida em vários restaurantes diferentes.
Ou da mesma pessoa estampando um post de 47 repartições públicas diferentes.
Continua a AI:
“Por outro lado, a criação de cards baseados em bancos de imagens pode ser uma solução mais rápida e fácil para produzir conteúdo visual. Isso pode ser particularmente útil se você tiver um orçamento limitado ou não tiver habilidades em design gráfico. No entanto, é importante ter em mente que o uso excessivo de imagens de um único banco de imagens pode tornar seu conteúdo menos autêntico e menos interessante para os consumidores. Portanto, é recomendável que você utilize imagens de diferentes fontes e, sempre que possível, crie seu próprio conteúdo visual.
Em resumo, a produção de conteúdo próprio é geralmente a melhor estratégia de marketing, pois permite maior controle sobre a mensagem, construção de relacionamentos autênticos e diferenciação em relação à concorrência. No entanto, a criação de cards baseados em bancos de imagens pode ser uma solução rápida e conveniente para produzir conteúdo visual, desde que seja usada com moderação.
Ou seja, a intenção em economizar na comunicação digital está tornando toda a rede social um coisa só, uniformizada, sem criatividade, boring….
Ao economizar nisso, temos uma rede social pobre.
Mesmo aquela produzida por empresas que possuem designers gráficos. O instagram, que era uma rede tão legal por explorar as fotos, virou uma coisa repleta de cards, carrosséis, e coisas completamente iguais. Se eu um perfil de Santa Catarina ou de Minas Gerais, vai ser exatamente a mesma coisa. Tanto faz.
Economizar em criatividade é matar seu negócio, seja uma entidade pública ou uma pizzaria.
E até a inteligência “artificial” já percebeu isso.
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